Autor: Miguel Cantilo
Raiva quando riem satisfeitos
por ter comprado seus direitos
Raiva quando aparentam moralismo
e põem pra correr os artistas.
Raiva quando a plena luz do dia,
levam pra passear a hipocrisia.
Raiva das fortes, da minha,
raiva que se pode recitar.
Para os que roubam o que é nosso
com a luva de dissimular.
Para o que controla os fios
da marionete geral.
Para quem marcou as cartas
e recebe sempre a melhor.
Com o ás de espadas nos domina
e com o de paus começa a dar e dar e
dar
Marcha! Um, dois...
Não posso ver
tanta mentira organizada
sem responder com voz rouca
minha raiva
minha raiva
Raiva porque matam com descaramento
mas nunca nada fica claro
raiva porque rouba o assaltante,
mas também rouba o comerciante
Raiva porque está proibido tudo
até o que farei de qualquer maneira
Raiva porque não se paga fiança
se nos prenderem a esperança.
Os que mandam fazem este mundo
podre e dividido em dois.
Culpa da sua ânsia de conquistar
pela força ou pela exploração.
Raiva então quando querem
que corte meu cabelo sem razão,
é melhor ter o cabelo livre
do que uma liberdade com laca.
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Marcha! Um, dois...
Não posso ver
tanta mentira organizada
sem responder com voz rouca
minha raiva
minha raiva
Raiva sem fuzis e sem bombas,
Raiva com os dois dedos em V
Raiva que também é esperança
Marcha da raiva e da fé.
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