23 jun 2013

Marcha da Raiva

La marcha de la bronca 
Autor: Miguel Cantilo

Raiva quando riem satisfeitos
por  ter comprado seus direitos
Raiva quando aparentam moralismo
e põem pra correr os artistas.
Raiva quando a plena luz do dia,
levam pra passear a hipocrisia.
Raiva das fortes, da minha,
raiva que se pode recitar.
Para os que roubam o que é nosso
com a luva de dissimular.
Para o que controla os fios
da marionete geral.
Para quem marcou as cartas
e recebe sempre a melhor.
Com o ás de espadas nos domina
e com o de paus começa a dar e dar e dar


Marcha! Um, dois...
Não posso ver
tanta mentira organizada
sem responder com voz rouca
minha raiva
minha raiva
 
Raiva porque matam com descaramento
mas nunca nada fica claro
raiva porque rouba o assaltante,
mas também rouba o comerciante
Raiva porque está proibido tudo
até o que farei de qualquer maneira
Raiva porque não se paga fiança
se nos prenderem a esperança.
Os que mandam fazem este mundo
podre e dividido em dois.
Culpa da sua ânsia de conquistar
pela força ou pela exploração.
Raiva  então quando querem
que corte meu cabelo sem razão,
é melhor ter o cabelo livre
do que uma liberdade com laca.
.
 

Marcha! Um, dois...
Não posso ver
tanta mentira organizada
sem responder com voz rouca
minha raiva
minha raiva
Raiva sem fuzis e sem bombas,
Raiva com os dois dedos em V
Raiva que também é esperança
Marcha da raiva e da fé.
.
 

14 jul 2012

O Bêbado e o Equilibrista



El Borracho y el Equilibrista
 Joao Bosco / Aldir Blanc
 


Caía la tarde cual un viaducto
Y un ebrio trajeado en luto
Me hizo pensar en Carlitos(1)
La luna, tal cual la dueña de burdel
Pedía a cada estrella fría
Un brillo de alquiler
Y nubes en el papel secante del cielo
Consumían manchas torturadas
Que sofoco
Loco, el borracho con su bombín
Hacia mil irreverencias
A la noche de Brasil, mi Brasil
Que soñaba






Con el regreso del hermano de Henfil(2)
Con tanta gente que partió
En la cola de un cohete
Llora nuestra madre patria gentil
Lloran Marías y Clarises(3) en el suelo de Brasil
Pero sé que un dolor así aguda
No ha de ser así inútilmente
La esperanza baila
En el alambre con sombrilla
Y en cada paso de esa línea
Puede lastimarse
Azar, la esperanza equilibrista
Sabe que el show de todo artista
Debe continuar




********************
(1)Se refiere a Carlitos Chaplin
(2)Se refiere a Herbert José de Sousa, llamado Betinho, fue un sociólogo activista de los derechos humanos brasilero. Concibió y se dedicó al proyecto “Acción de la Ciudadanía contra el Hambre, la Miseria y por la Vida”.
(3)María y Clarisse son esposas de un obrero y un periodista respectivamente que fueron asesinados bajo tortura durante la dictadura militar (años 1975 y 1976)


Comentario del traductor:
La letra contiene una gran variedad de alusiones al gobierno militar. Es una inteligente protesta con una serie de metáforas que esquivó la censura e hizo mella en el pueblo brasileño.
Otro dato interesante es el hecho de que al oir por primera vez la música, Betinho (el hermano de Henfil) escribió a su hermano "Hermano viejo, prepárate! Ahora tenemos un himno, y quien tiene un himno hace una revolución!" En 1979, Betinho aterriza en el aeropuerto de Congonhas y se encontró con una manifestación donde cerca de doscientas personas cantaban "O Bêbado e o Equilibrista"


30 abr 2012


Um Amor Puro 
Djavan 

 Un Amor Puro

Lo que hay dentro de mi corazón
lo tengo guardado para dártelo
Y todas las hora que el tiempo
Tiene para concederme
Son tuyas hasta morir

Y tu historia, yo no sé,
Pero dime sólo lo que es bueno
Un amor tan puro que aún ni sabe
La fuerza que tiene 
Es tuyo y de nadie más

Te adoro en todo, todo, todo.
Quiero más que todo, todo, todo.
Amarte sin límites
Vivir una gran historia.

Aquí o en otro lugar.
Que puede ser feo o bonito
Si estamos juntos
Habrá un cielo azul.

Un amor puro
No sabes la fuerza que tiene 
Mi amor yo juro
Ser tuyo y de nadie más
Un amor puro.



23 abr 2012

Sem Você
Tom Jobim



Sin Ti

Sin ti
Sin amor
Es todo sufrimiento
Pues tu
Eres el amor
Que yo siempre busqué en vano
Eres lo que resiste
A la desesperación y a la soledad
Nada existe
El mundo es triste
Sin ti



Mi amor, mi amor
Nunca te ausentes de mí
Para que yo viva en paz
Para que yo no sufra más
Tanta tristeza así
En el mundo
Sin ti




Rosa dos Ventos
Chico Buarque


Y del amor se gritó el escándalo 
Del miedo se creó lo trágico 
En el rostro se pintó lo pálido 
Y no rodó ni una lágrima 
Ni una lástima para auxiliar 
Y en la gente se dió el hábito 
De caminar por las tinieblas 
De murmurar entre los pliegues
De sacar leche de las piedras 
De ver el tiempo correr 
Pero bajo el sueño de los siglos 
Amaneció el espectáculo 
Como una lluvia de pétalos 
Como si el cielo viendo las penas 
Muriese de pena 
Y lloviese el perdón 
Y la prudencia de los sabios 
Ni osó contener en los labios 
La sonrisa y la pasión 


Pues transbordado de flores 
La calma de los lagos se enojó 
La rosa de los vientos se enfureció 
El lecho del río se hartó 
E inundó de agua dulce 
La amargura del mar 
En una inundación amazónica 
En una explosión atlántica 
Y la multitud viéndolo en pánico 
Y la mulsitud viéndolo atónita 
Aunque tarde 
Su despertar 


21 abr 2011

Novicia

Víctor Heredia é um músico argentino destacável pelo compromisso social de suas letras. Foi membro do partido comunista até 1978. Foi censurado e sua irmã Cristina foi seqüestrada com seu marido continuando desaparecida até hoje.
Este autor colabora ativamente com organizações como Mães da Praça de Maio, Avós da Praça de Maio e agrupações indígenas como fica evidenciado no disco Taki Ongoy contra a aculturação espanhola, lembrando a luta dos índios por sua liberdade.
Gravou discos com artistas como Joan Manuel Serrat, Mercedes Sosa, León Gieco, Milton Nascimento, Silvio Rodriguez, Pablo Milanés, Chico Buarque e outros.
Deixo com vocês as duas versoes: com Chico Buarque, do disco "Tiernamente Amigos" e com Mercedes Sosa do disco "Cantora"

Novicia
Victor Herdia - Chico Buarque
Victor Heredia - Mercedes Sosa

Atravessou a linha prematura da sua infância
Vestiu esse vestidinho cor-de-ontem.
E foi como uma oração
De outonos sobre seus pés
E ir oferecendo a vida, justo na esquina,
Tremendo ausente sua nudez.

Seus leves ossos em cruz
Balançando-a em suave luz
O cara que a acaricia
E ela, novicia, chorando-se.

Ai, onde está seu amor,
Seu princepezinho azul?
Que escura noite desencadeia
Luas baratas sobre seu enxoval

Bebeu sua taça de esquecimento e saiu outra vez
Quatorze sonhos afundados afogando-se
A escolta da solidão
Escuro cão sem fé
Latindo a essa lua morta
Que a persegue junto à sombra da sua infância

Seus leves ossos em cruz
Balançando-a em suave luz
O cara que a acaricia
E ela, novicia, chorando-se.

Ai, onde está seu amor,
Seu princepezinho azul?
Que escura noite desencadeia
Luas baratas sobre seu enxoval

Atravessou a linha prematura da sua infância
Vestiu esse vestidinho cor-de-ontem.
Bebeu sua taça de esquecimento e saiu outra vez
Quatorze sonhos afundados afogando-se



6 abr 2011

Canción para un niño en la calle

Mercedes Sosa com Calle 13
Armando Tejada Gómez - Ángel Ritro)

O último disco de Mercedes Sosa foi um CD duplo, gravado entre junho de 2008 e março de 2009, de duetos com músicos de diferentes estilos e épocas. Uma das músicas mais surpreendentes do disco é a versão "Hay un niño en la calle" com Calle 13.
Calle 13, para quem ainda nao conhece, é um grupo formado por dois irmãos de Puerto Rico que mistura ritmos populares como tango, cumbia colombiana com estilos de música urbana. Em todos eles, Calle 13 imprime uma crítica social frontal e incisiva. Em seu último lançamento “Los de atrás vienen conmigo” (os de trás vêm comigo) foram acompanhados de grandes figuras da música popular latina: Rubén Blades, Café Tacvba e nesta música que trazemos hoje, por Mercedes Sosa.



Canção para uma criança na rua:






A esta hora exatamente,
Há uma criança na rua
Há uma criança na rua!

É honra dos homens protegerem o que cresce,
Cuidar que não exista infância dispersa pelas ruas,
Evitar que naufrague seu coração de barco,
Sua incrível aventura de pão e chocolate.
Pondo-lhes uma estrela no lugar da fome.
De outro modo é inútil, de outro modo é absurdo
Ensaiar na terra a alegria e o canto,
Porque de nada vale se houver uma criança na rua.

Todos os tóxicos do meu país
Entram pelo meu nariz
Lavo carros, limpo sapatos
Cheiro cola e também cocaína
Roubo carteiras, mas sou gente boa
Sou um sorriso sem dentes
Chuva sem teto, unha com terra
Sou o que sobrou da guerra
Um estômago vazio
Sou uma ferida no joelho que se cura com o frio
O melhor guia turístico do subúrbio
Por três pesos te passeio pela capital
Não preciso de visto para voar pelos arredores
Porque eu brinco com aviões de papel
Arroz com pedra, lama com vinho
E o que me faltar... eu imagino.

Não deve andar o mundo com o amor descalço
Hasteando um jornal como uma asa na mão
Subindo nos trens, trocando risadas,
Batendo no peito com uma asa cansada.
Não deve andar a vida, recém nascida, a preço,
A infância arriscada a um estreito lucro
Porque então as mãos são inúteis fardos
E o coração, apenas, um palavrão.

Quando cai a noite durmo acordado
Um olho fechado e o outro aberto
Na dúvida de que os tigres me cuspam uma bala
Minha vida é como um circo, mas sem palhaços
Vou caminhando pela vala
Fazendo malabarismos com cinco laranjas
Pedindo dinheiro a todos os que eu puder
Numa bicicleta de uma roda.
Sou oxigênio para este continente
Sou o que descuidou o Presidente.
Não te assustes se eu tenho mal cheiro
Ou se me vês sem camisa
Com os mamilos ao vento
Sou um elemento mais da paisagem.
Os resíduos da rua são minha camuflagem
Como algo que existe que parece mentira
Algo sem vida, mas que respira.


Pobre daquele que esqueceu que há uma crianca na rua,
Que há milhões de crianças que moram na rua
E multidão de crianças que crescem na rua.
Eu os vejo apertando seu coração pequeno,
Olhando-nos a todos com fábula nos olhos.
Um relâmpago interrompido lhes atravessa o olhar,
Porque ninguém protege essa vida que cresce
E o amor perdeu-se, como uma criança na rua.

A esta hora exatamente,
Há uma criança na rua
Há uma criança na rua!

Clique aqui para o website de Mercedes Sosa
Clique aqui  para o website de Calle 13




22 dic 2010

Desafinado

Antonio Carlos Jobim y Newton Mendonça


Desafinado

Preludio

Cuando voy a cantar, no me dejas
Y siempre viene la misma queja
Dices que desafino, que no sé cantar
Eres tan bonita
Pero tu belleza también puede equivocarse.

Letra

Si tú me dices que desafino, amor
eso me provoca inmenso dolor.
Sólo privilegiados tienen oídos como los tuyos
yo apenas poseo el que Dios me dio.
Si insistes en clasificar
mi comportamiento como anti-musical
Yo, aunque mienta, debo argumentar
que esto es bossa nova, que esto es muy natural.
Lo que no sabes, ni siquiera presientes
es que los desafinados también tienen un corazón

Te tomé una foto en mi Roley-flex
Revelóse tu enorme ingratitud
Sólo no podrás hablar así de mi amor
este es el más grande que puedas encontrar
Tú, con tu música te olvidastes de lo principal
Que en el pecho de los desafinados
En el fondo del pecho late callado
que en el pecho de los desafinados
también late un corazón.


********************************

Se considera "Desafinado" como la definición de la bossa nova. Escrita al final de la década de 50 y según el propio Tom, esa música es como una crítica a la especialización de la música, a la música "perfecta", a los patrones de la composición hasta entonces vigentes.

Quizás a raíz de eso, la relación conflictiva de una pareja presentada en la música podría ser una metáfora de la relación entre el músico bossanovista y los críticos musicales de la época. Crítica esta presente desde el preludio que, lamentablemente, casi nunca se utiliza.

Tan sólo en la primera frase musical, ya Tom Jobin "desafina" intencionalmente con el aumento de medio tono en la sílaba "de" de "desafinado" y una caída de medio tono en la palabra "amor". Cambios estos "corregidos" aumentando en medio tono la décima primera del acorde que las acompaña.

"Sólo privilegiados tienen oídos como los tuyos" (el músico hablando a los críticos) capaces de conseguir notar ese quiebre en la música.

La Rolley-flex indicada en la segunda estrofa, era una máquina fotográfica de las mejores de la época.

Una genialidad de composición musical.



2 dic 2010

Com Açúcar, com afeto (1996)

Chico Buarque

Con Azúcar, con afecto


Con azúcar, con afecto
hice tu dulce favorito
para que te quedaras conmigo
Que va...
Con tu traje más bonito
tú te vas, yo no te creo
cuando dices que no te atrasas.
Tú me dices que eres obrero
vas a la búsqueda del sueldo
para poder sostenerme
Que va....
A camino del taller
hay un bar en cada esquina
para que tú conmemores
yo no sé qué.


Sé que alguien va a sentarse contigo
vas a empezar a conversar
discutiendo sobre fútbol
Y te quedarás mirando faldas
de quienen viven por las playas
coloreadas por el sol.
Viene la noche y otra copa
sé que alegre "ma non troppo"
vas a querer cantar.
En la caja un nuevo amigo
va a tocar un samba antiguo
para recordar viejos tiempos.


Cuando la noche enfin te cansa
vienes a mí como un niño
a llorar pidiendo perdón
Que va...
Dices que no te guarde rencor
dices que vas a cambiar 
para agradarme el corazón
Y al verte así cansado
maltrecho y maltratado
aún quise enojarme
Que va...
Enseguida te caliento la comida
Beso una foto tuya
y abro los brazos para ti.

Esta es la primera canción en que Chico Buarque asume una posición femenina, revelando la capacidad que se convertiría en una de sus marcas registradas. Fue compuesta por encargo de Nara Leao, a quien le gustaba mucho cantar músicas "donde la mujer queda en casa llorando, y el marido en la calle de fiesta". Al incluirla en su propio disco, Chico hizo, en el texto de la contracapa, un comentario machista del cual se avergonzaría después: "Insisti en colocar en el disco 'Con Azúcar, con afecto' que no podría yo cantar por motivos óbvios". Puede parecer extraño, pero en 1966 era inconcebible que un hombre, aún siendo Chico Buarque, interpretara a una mujer.
Al contrario de hoy, cuando él tiene control casi total sobre su obra, al inicio de la carrera quien administraba el uso de las canciones eran las editoras, y esta canción no demoró en ser utilizarda por los marqueteros de entonces para una propaganda de bombones.

Enlace para escuchar la versión de Chico con Nara Leao
http://www.youtube.com/watch?v=V-u8WZBcn6w

9 abr 2010

Carinhoso

Composição: Pixinguinha/ João de Barro
Interpretes: Marisa Monte y Paulinho da Viola



Cariñoso

Mi corazón, no sé por qué
Late feliz cuando te ve
Y mis ojos se ponen sonrientes
Y por las calles te van siguiendo
Y aún así
Huyes de mí

Ah, si tú supieras como soy de cariñoso
Y lo mucho que te quiero
Y como es sincero mi amor
Yo sé que tú no huirías más de mí

Ven, ven, ven, ven
Ven a sentir el calor de mis labios
Buscando los tuyos
Ven a matar esa pasión
Que me devora el corazón
Y sólo así entonces
Seré feliz
Muy feliz