Ai meu Deus, para que vim se nao é a mesma coisa vir que ir embora gritando
Veja Joaquim, senhor, que já se mexicanizou. Quem diz que não, quem diz que sim
Se vocês o vissem no México... aí anda “tequilando” com toda a mulherada, trazendo ela da asa. Eu vi com estes olhinhos que a terra há de comer.
Sim senhor, Joaquinzinho está me ouvindo? Ou achas que estou falando mal de ti meu amor? Eu te quero muito, meu amigo, desde o primeiro dia que nos vimos aqui em Madri e achei você legal, gostei de você por sincero. Me mandastes ao caralho, rapaz o que é isso? Estavas tratando comigo, tua amigaça, a Vargas. Nos tornamos muito amigos e fomos de festa. Todas as noites de lua serão para Joaquim e para mim
Que a maquiagem não apague teu riso,
Que a equipagem não lastre tuas asas,
Que o calendário não venha com pressas,
Que o dicionário detenha as balas,
Que as persianas corrijam a aurora,
Que ganhe o “quero” a guerra do “posso”,
Que os que esperam não contem as horas,
Que os que matam morram de medo.
Que o fim do mundo te pegue dançando,
Que o cenário me tinja os cabelos brancos,
Que nunca saibas nem como nem quando,
Nem centena voando, nem ontem nem amanha
Que o coração não passe de moda
Que os outonos te dourem a pele,
Que cada noite seja noite de bodas,
Que nunca se ponha a lua de mel.
Que todas as noites sejam noites de bodas,
Que todas as luas sejam luas de mel.
Que as verdades não tenham complexos,
Que as mentiras pareçam mentiras,
Que não te dêem a razão os espelhos,
Que aproveites olhar o que olhas.
Que não se ocupe de ti o desamparo,
Que cada ceia seja tua última ceia,
Que ser valente não seja tão caro,
Que ser covarde não valha à pena.
Que não te comprem por menos de nada,
Que não te vendam amor sem espinhos
Que não te durmam com contos de fadas
Que não te fechem o boteco da esquina.
Que o coração não passe de moda
Que os outonos te dourem a pele
Que cada noite seja noite de bodas,
Que nunca se ponha a lua de mel.
Que todas as noites sejam noites de bodas,
Que todas as luas sejam luas de mel.
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Entrevista de Joaquin Sabina para a revista Rolling Stones nº 19
- No recitado de "Noites de Bodas" Chavela Vargas diz que quando se conheceram você a mandou ao caralho. É verdade?
- Não exatamente. Mandei ela à merda (risos). Sabe por quê?
- Não.
- Pois porque eu a amo e conheço desde pequeno, e ela não me conhece desde pequeno (risos). Na noite em que nos vimos por primeira vez, em Madri, eu pedi a Pedro Almodóvar que me apresentasse a ela. Quando Pedro foi nos apresentar, observei que um dos seus violonistas dizia em seu ouvido que eu era muito famoso e tudo e mais. Então, me aproximei e disse: "Chavela, não sei como te dizer isto, te amo desde sempre, e te admiro". E ela me respondeu: "Eu também...". Foi aí que eu disse: "Vai à merda". "Por quê??". "Você acha que eu sou babaca?". E assim nos tornamos amigos.
Entrevista de Joaquin Sabina para a revista Rolling Stones nº 19
- No recitado de "Noites de Bodas" Chavela Vargas diz que quando se conheceram você a mandou ao caralho. É verdade?
- Não exatamente. Mandei ela à merda (risos). Sabe por quê?
- Não.
- Pois porque eu a amo e conheço desde pequeno, e ela não me conhece desde pequeno (risos). Na noite em que nos vimos por primeira vez, em Madri, eu pedi a Pedro Almodóvar que me apresentasse a ela. Quando Pedro foi nos apresentar, observei que um dos seus violonistas dizia em seu ouvido que eu era muito famoso e tudo e mais. Então, me aproximei e disse: "Chavela, não sei como te dizer isto, te amo desde sempre, e te admiro". E ela me respondeu: "Eu também...". Foi aí que eu disse: "Vai à merda". "Por quê??". "Você acha que eu sou babaca?". E assim nos tornamos amigos.
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